quarta-feira, 2 de julho de 2025

Quem Escreve Quando Você Não Consegue? A Arte (In)Visível do Ghost Writer

 

Quem escreve quando você não consegue? 

A arte (in)visível do Ghost Writer

A figura do Ghost Writer — o “escritor fantasma” — pode parecer recente, mas seu ofício é antigo. Desde os tempos clássicos, pensadores e líderes ditavam discursos e manuscritos a escribas anônimos. Mais tarde, no século XVIII, alguns escritores já trabalhavam em silêncio para nobres, políticos e figuras públicas que assinavam livros como se fossem seus. 

No Brasil, ainda não temos uma tradução plena para o termo Ghost Writer. Alguns usam ‘escritor por encomenda’ ou ‘escrita colaborativa’, mas nenhuma dessas expressões dá conta da profundidade, ética e escuta envolvidas no processo. Por isso, neste artigo, uso ghost writer — com todo o respeito que essa função exige, e com a delicadeza de quem escreve para que outros possam dizer.

Mais do que um rótulo, o Ghost Writer representa um papel relacional e artesanal. Ele empresta técnica, forma e ritmo àquilo que outro viveu, pensou ou deseja comunicar. Seu trabalho não é inventar por conta própria, mas escutar com precisão, traduzir com sensibilidade e construir com ética uma obra que, embora escrita a quatro mãos, tenha a voz única de quem assina. 




🟠 Mitos e verdades sobre o Ghost Writer

Quando se fala nesse tipo de escrita profissional, o imaginário das pessoas corre solto. Às vezes, elas têm uma visão romântica, outras (muito!) equivocadas.

Mito: o ghost writer escreve tudo sozinho, sem o autor se envolver.
Verdade: o processo exige troca constante, escuta, revisões e colaboração ativa. É como compor uma música a quatro mãos: você oferece a melodia interior, e o ghost traduz em partitura.

Mito: o ghost writer “assombra” o livro com sua própria voz.
Verdade: o bom ghost writer desaparece no texto, para que quem brilhe seja o somente o autor, com sua verdade, seu ritmo e sua essência.

Mito: o processo é rápido.
Verdade: um livro leva tempo. Aliás, bastante. Tempo de maturação, escuta, reorganização, estrutura, afinação. Um bom livro não nasce correndo. Ele é cultivado, revisitado, lapidado.




🟢 Para quem é o trabalho de um Ghost Writer?

Há quem pense que ghost writers são apenas para celebridades. Ledo engano. O trabalho de escrita profissional sob medida é útil (e valioso) para pessoas comuns, profissionais especializados, estudiosos, empreendedores, terapeutas, executivos, artistas, mentores e tantas outras figuras que desejam registrar sua história, seus saberes ou suas ideias, mas não têm tempo, fluência ou estrutura narrativa para fazer isso sozinhas.

Alguns exemplos reais:

  • Uma pessoa que superou um trauma e quer compartilhar esse caminho de cura com outras.

  • Um profissional com décadas de atuação e aprendizados, que deseja transformar sua trajetória em um legado escrito.

  • Alguém que tem muito conteúdo em cursos, palestras ou aulas, e precisa organizá-lo em formato de livro.

  • Pessoas que desejam contar uma parte de sua história — sem precisar passar por toda a linha do tempo da vida.

Sim, biografias e autobiografias não precisam ser cronológicas ou “completas”.
Você pode escrever apenas sobre sua jornada de autoconhecimento, seu caminho profissional, uma virada espiritual ou o modo como enfrentou a doença de um familiar. Histórias específicas, temáticas e significativas, muitas vezes tocam mais do que relatos longos e dispersos.




🟣 E como é o processo?

Geralmente começa com uma conversa. Depois outra. E mais outra. O Ghost Writer escuta, anota, pergunta. Muitas vezes, grava falas espontâneas e transforma em texto coerente. Outras vezes, parte de materiais brutos: diários, artigos, gravações, áudios, memórias. Também pode "entrevistar" pessoas próximas, amigos, conhecidos... 

É um trabalho de escavação delicada. De transformar voz falada em voz escrita, mantendo o estilo e a intenção do autor.

Foi o que aconteceu com “Luke” (nome fictício). Ele tinha vivido uma trajetória profissional poderosa, cheia de nuances, mas sempre dizia:
— “Eu não tenho tempo.”

E não é que Luke escreveu? A minha escuta se converteu em palavras escritas! Foi por meio de conversas honestas, textos compartilhados, idas e vindas, ajustes e revisões. O livro saiu. E ele se reconheceu em cada página.




🟤 Ética, sigilo e autoria real: o que está por trás da escrita invisível

Uma das maiores preocupações de quem procura esse serviço é: "o livro será mesmo meu?"
A resposta é: sim, completamente. O Ghost Writer é apenas um instrumento de tradução cuidadosa daquilo que é seu por essência: ideias, voz, visão de mundo, experiências. Eu, como Ghost Writer não invento nada. Apenas construo e redimensiono e transformo em texto o que o autor solicitar.

O Ghost Writer faz isso com discrição e profissionalismo. O compromisso com o sigilo é absoluto. Nada do que é compartilhado durante o processo é divulgado.
A autoria é inteiramente do contratante — com ou sem menção ao Ghost Writer, conforme combinado.

Mais do que escrever, esse profissional sabe desaparecer com elegância. Sua missão é fazer com que o leitor veja você — não ele.




🔵 Mais que escrever: acompanhar até o fim

No meu caso, quando trabalho como Ghost Writer não me atenho apenas em escrever para o/a outro/a. Eu cuido do projeto do início ao fim. Oriento sobre o formato, ajudo na organização dos capítulos, conduzo o/a autor/a entre memórias e ideias, faço Copydesk, enfim, até chegar à versão final.

E mais: indicar profissionais confiáveis para capa, diagramação, revisão final, ISBN e publicação (eBook e/ou Impressa).
Porque um livro não termina no ponto final — ele precisa de acabamento, corpo, identidade gráfica. Eu costumo sempre indicar o Sidney Guerra do canal Escreva Seu Livro

(Caso seu livro já esteja pronto, e queira fazer uma Leitura Crítica, eu recomendo a Laura Bacellar)




🟣 Agora, pense nisso: E se sua história pudesse tocar outras vidas?

Você já pensou que sua trajetória pode inspirar, ensinar ou consolar alguém? Que seus aprendizados, mesmo os mais dolorosos, podem abrir caminhos para outras pessoas?

A escrita é uma forma de doar presença mesmo quando você não está por perto.
Um livro permanece. Um livro conecta. Um livro é semente e testemunho.

Se você sente esse chamado — ainda que confuso ou tímido —, comece por uma conversa. Sem pressão, sem obrigação. Só o desejo de dar forma ao que já vive dentro de você.

Se quiser criar um grupo ou que eu vá até a sua empresa, eu posso dar a palestra Costurando Fragmentos, Escrevendo Biografias onde ofereço Dicas para começar a escrever o seu manuscrito. 

Quero que saiba...

📩 Estou aqui para ajudar a transformar sua vivência em palavra escrita — com respeito, beleza e verdade.

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terça-feira, 27 de maio de 2025

Trechos Impactantes do livro "Pela Fresta Te Vi" de Cesar de Mello Campos

Livro/e-Book: "Pela Fresta Te Vi" de Cesar de Mello Campos


Leia a sinopse longa e alguns trechos impactantes do conto Não 







Sinopse

No livro Pela fresta te vi, Cesar de Mello Campos constrói um mosaico literário que transita entre a crueza existencial e a ternura sutil, costurado por narradores densos, em relatos que espelham a condição humana em camadas superpostas de tempo e subjetividade. 

A obra, dividida em duas partes, apresenta contos curtos que mais se assemelham a movimentos confessionais, registros de memória e introspecções profundas do eu. Cada texto opera como uma fresta aberta para o universo interno dos personagens – frágeis, contraditórios, complexos –, que se revelam ao leitor sem filtros nem adornos.

Com linguagem refinada e ritmo envolvente, o autor explora temas como identidade, afeto, poder, ausência, masculinidade e autoimagem, provocando desconforto e empatia na mesma medida. 

O conto inaugural, “Não”, impressiona pela construção de um narrador narcisista, autossuficiente, mas humanamente fraturado, enquanto “Primeiros” oferece um olhar delicado e visceral do mundo visto por uma criança. 

Essa alternância de vozes e experiências expande a potência narrativa da obra e convida o leitor a um exercício de escuta e percepção mais atento, como quem, de fato, espreita pela fresta algo que não ousaria olhar de frente.

Ao mesmo tempo introspectivo e crítico, o livro ultrapassa os limites do conto tradicional ao se aproximar da crônica poética e da autoficção filosófica. 

A densidade psicológica das personagens, combinada à sutileza das imagens e à precisão da linguagem, revela um escritor maduro, sensível ao detalhe e à complexidade do ser. 

Pela fresta te vi não entrega respostas – ao contrário, impõe perguntas incômodas sobre o que vemos e o que somos quando ninguém está olhando. É leitura para quem aceita ser atravessado por sombras e silêncios.


Trechos impactantes do conto Não, do livro Pela Fresta Te Vi 

Uma bomba, um estrondo, um traque, um espasmo. Foi assim que nasci. Desse estrondo diminuendo fui parar numa família que eu não conhecia, rigorosa, e que, querendo eu ou não, me formou. 


(...)


De mim pouco tinha de inato, mas esse pouco era barulhento e forte e me determinou, me disse quem eu era e para onde eu deveria ir, para onde eu deveria querer ir. Meu pai era inteligente, mas como ele era eu sou mais, sou melhor que ele. Se quisesse algo, quando ainda era bem novo, levava um sonoro “não”, mas não me importava, eu nunca me assombrava. Eu estirava as cordas até onde conseguisse, ainda que depois mal lembrassem de mim. A lembrança se desfaz com o tempo. Acreditava e acredito na transitoriedade da raiva, da indignação, da revolta. Acredito na efemeridade da febre que agita a vingança. Não persistirão para mim más energias. 


(...)


Quando olho para outras pessoas, sempre abaixo de mim, debaixo da poeira da minha sola, não é o desejo por aquelas pessoas que me move ou me instiga. Não desejo ninguém, desejo apenas o que as pessoas possam trazer para mim. Eu desejo os tons que não tenho, eu desejo o que minha família não me traz. Eu desejo ter o que é dos outros, mas só o que me interessa. Ignorantes diriam que é inveja, mas não é. Não sinto inveja. 



Pela Fresta Te Vi - Relatos em Dois Tempos de Cesar de Mello Campos 

Já à venda na Amazon (clique aqui)

Para versão impressa, envie um e-mail solicitando seu exemplar: cesardemellocampos@hotmail.com 

Dúvidas? Fale comigo! WhatsApp: 11 97694114




terça-feira, 13 de maio de 2025

O Que Nos Torna Humanos?



Seria a lucidez  de saber que tudo escapa… e, ainda assim, desejar que algo permaneça? 

A razão que nos separa dos instintos… ou os instintos que espreitam por trás da razão?

Seria o pensamento abstrato, a autorreflexão ética, ou essa inquietude constante por sentido, mesmo no absurdo?

Somos linguagem,  consciência e subjetividade. 

E, talvez, a nossa capacidade de criar, questionar, imaginar e refletir.

Talvez ser humano seja justamente isso: não ter resposta definitiva e, ainda assim, continuar perguntando.

Somos o impulso e o silêncio; lidamos com os limites mas sonhamos com o infinito; tentamos compreender e acabamos nos surpreendendo com o mundo.

E você? Qual sua opinião? O que nos torna humanos?

Olá! Eu sou Clene Salles, Ghost Writer, Copydesk, Tradutora

Eu Ajudo Você a Escrever o Seu Livro 
WhatsApp 11 976944114


Pela Fresta Te Vi por Cesar de Mello Campos

 Biblioteca Pública Municipal Sérgio Milliet

Segunda maior biblioteca pública da cidade de São Paulo, é constituída por um acervo multidisciplinar com mais de 140 mil títulos. As temáticas são vastas e incluem literatura, filosofia, periódicos, e ciências humanas, biológicas e exatas.

Empréstimo:
Cada usuário pode emprestar até 4 livros da seção circulante por 14 dias. Existe a possibilidade de renovação do empréstimo por mais 14 dias, caso os exemplares não tenham sido reservados.

Horário de funcionamento:
Terça a sexta, das 10h às 20h. Sábados e domingos, das 10h às 18h.
Nos feriados que ocorrem em dias úteis, a Biblioteca estará fechada.
A entrada é permitida até 30 minutos antes do fechamento.

Contato:
11 3397-4003
bibliotecaccsp@prefeitura.sp.gov.br

Endereço:
Rua Vergueiro 1000 CEP 01504-000 – Paraíso São Paulo
Sempre que posso, costumo visitar (e desfrutar) do Centro Cultural São Paulo. Para mim, é um lugar acolhedor, arejado, silencioso... Adoro fazer minhas pesquisas por lá.

Uma novidade!
O livro "Pela Fresta Te Vi - Relatos Em Dois Tempos", de Cesar de Mello Campos, já está disponível para empréstimo na Biblioteca Pública Municipal Sérgio Milliet (que me refiro neste post)





Versão e-Book na Amazon

Para versão impressa 
E-mail: cesardemellocampos@hotmail.com 

Dúvidas? Fale comigo:
WhatsApp 11 976944114 

Quem Escreve Quando Você Não Consegue? A Arte (In)Visível do Ghost Writer

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