sexta-feira, 26 de abril de 2024

Palavra (Reflexões)

 



Palavra
Falada, Ouvida, Escrita
Uma reflexão sobre o nascimento e os desejos da linguagem

 

Num dado momento esquecido ou perdido, os pensamentos se avolumaram, se inflacionaram e não havia mais como suportar os chamados insistentes da coerência.

No ar se ajeitaram essas formas, pouco a pouco.

Talvez imitássemos os sons dos animais, lá no seu início... É apenas um talvez, uma ideia furtiva.

Na complexa humanidade das elaborações, característico do bicho Homem, as palavras começaram a soltar seus cheiros e gostos, inquietudes e soluções.

Os sumérios, cerca de 3.500 anos antes da nossa era, moldaram sua escrita cuneiforme, lá na Mesopotâmia (terra entre dois rios), onde hoje é o Iraque, em tabuletas de argila. Diz a lenda que fomos moldados pela argila úmida tocada pelos deuses e deusas, e curiosamente, a escrita também. Simultaneamente, os hieróglifos no Egito, talvez um pouco antes.

Tal como a argila que moldou o homem com suas características mutáveis, as palavras seguiram o mesmo caminho (até hoje). Tanto quanto o ser humano é inconstante, os pensamentos e palavras também são.

No começo, apenas apontavam coisas mundanas (fatores econômicos e administrativos), depois as leis “morais” advindas da religiosidade cultivada.

E desde quando as palavras foram usadas como condutoras da “magia” ou instrumento “medicinal”? Como saber? Talvez uns 500.000 anos?

Palavras são medicinais? Elas curam? Como qualquer remédio, tem efeitos colaterais? Elas informam (in-forma)? Caracterizam e indicam direções da realidade? Elas querem contexto?

Configuram.

Tenho uma dúvida, ou melhor, confesso que tenho várias.

Palavras amam e são amadas? São educadas, reconhecidas e recolocadas? Quais serão seus desejos ocultos? Elas ocupam, destinam e definem lugares e querem conforto em suas mais diversas formas?

Sinto que elas pedem tempo e espaço quando são lidas ou ouvidas. Por que é tão delicado e difícil dar tempo para a palavra por nós pronunciada? Por que será que temos tanta pressa para falar e responder?

Os interlocutores, em alguns momentos, mais parecem espadachins. O que acontece conosco quando nos comunicamos? Erguemos a espada em riste e o duelo estala e insistimos em vencer a disputa verbal.

Entretanto, as palavras sonhadas, idealizadas... querem ser encontradas, almejam disponibilidade, buscam por realização – mesmo sendo fiéis aos jogos do caleidoscópio e da multifacetação.

Mesmo que a bússola da palavra insista em não mostrar o norte verdadeiro, ela quer ser respeitada por seu aspecto randômico nascida do aleatório das letras. Sabe? Aí eu começo a pensar que a palavra tem uma fantástica autoestima…

Meneio a cabeça e giro o olhar para o lado esquerdo, vejo que algumas palavras confusas pedem repouso e descanso; precisam de algo de tempo para se libertar do medo e da vergonha.

Num momento de introspecção e durante contato com o Sagrado elas pedem que as mãos possam suportar sua leveza. Que voz seja expediente.

Afinal, elas são códigos instáveis da História.

O som dela é a Era da Origem.

A palavra se espreguiça na geração dos começos.

Ela se move livremente no Caos.

E a ordem dela é o Verbo?

Ela desconhece o tempo.

Por: Clene Salles






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