Gato é um animal solitário, mas quando seu lar é devastado por uma grande inundação, ele encontra refúgio em um barco povoado por várias espécies, e tem que se unir a elas apesar de suas diferenças.
Straume (Brasil: Flow) é um filme de animação de aventura e fantasia de 2024, dirigido por Gints Zilbalodis e escrito por Zilbalodis e Matīss Kaža.
O filme é notável por ser completamente renderizado no software de código aberto Blender e não conter nenhum diálogo.
O que eu pensei depois de assistir
Vai além do que eu pensei, na verdade eu senti, durante e depois de secar as lágrimas.
Sim, eu acredito em histórias. Sei que elas nos ajudam a rever elementos internos ainda não identificados e que podem ser elaborados.
Há muitos detalhes – que eu confesso que viraria um textão – ou até mesmo seria algo para um bate-papo com amigos(as) e admiradores(as) deste sensível, maravilhoso e tão necessário, relevante, longa animado que se chama "Flow".
No entanto, neste momento, vou me ater no seguinte:
Nem independência, nem dependência, nem codependência. Talvez o momento solicite de todos nós uma interdependência saudável, baseada na entreajuda e na empatia, para que possamos seguir em frente.
Esse pensamento que me invadiu, propõe um novo olhar sobre as relações humanas, indo além dos extremos de independência, dependência e codependência.
A interdependência saudável surge como um caminho de equilíbrio, onde a autonomia individual se vê (agora) num ponto de necessidade urgente de reestruturação, e se bem trabalhada, combina com a colaboração real, autêntica e o apoio mútuo.
Enquanto a independência valoriza a autossuficiência e a liberdade individual, muitas vezes desmedida, levando a um distanciamento emocional e à crença de que "não precisamos de ninguém", a dependência coloca o outro como peça essencial para a própria existência, gerando fragilidade, abrindo portas para possíveis humilhações. Já a codependência pode criar dinâmicas desequilibradas, onde o bem-estar de uma pessoa está excessivamente atrelado ao comportamento e às emoções da outra, resultando em relações disfuncionais.
A interdependência saudável, por outro lado, reconhece que somos seres sociais e que crescer, evoluir e superar desafios faz mais sentido quando há um apoio legítimo recíproco, sem perder nossa individualidade, mas, por outro lado mantendo-nos conscientemente interconectados na diversidade.
Trata-se de entreajuda, de compreender que podemos compartilhar forças sem perder a essência, de praticar a empatia para enxergar o outro em sua totalidade.
Neste momento de tantas transformações e desafios, talvez exercitar essa interdependência consciente, onde a entreajuda e a empatia nos permitam construir relações mais equilibradas, pensar no futuro das nossas crianças e animais, fazer o que for possível para proteger e amparar o Planeta Terra.
O caminho não é simplesmente uma jornada que trilhamos sozinhos e nem é um símbolo isolado; ele, o caminho, também nos transforma, nos representa, molda nossa percepção, redesenha, reconfigura e ressignifica nosso senso de pertencimento.
Quando cultivamos conexões baseadas no sincero apoio mútuo, na confiança e no respeito, a jornada pode se tornar mais leve.
A união legítima, aquela que nasce do reconhecimento genuíno do outro e da aceitação das diferenças, fortalece laços e nos aproxima de uma convivência mais harmônica. Os problemas sempre existiram e sempre existirão, há que ter maturidade com isso.
A diversidade é bela, simplesmente linda, rica, poderosa.
E, quando essa união se fundamenta no afeto, na compreensão e na sinceridade, ela se torna verdadeiramente amorosa — não como uma fusão que descompense, mas como uma cooperação de corpo, alma e espírito que potencializa.
Assista, vale cada segundo.
Trailer
https://www.youtube.com/watch?v=82WW9dVbglI
Alguns links sobre "Flow"
Você sabe quais são os animais que aparecem em Flow?
Gato, Cachorro, Capivara, Lêmure, Ave Secretário, Baleia
E você? Assistiu Flow? Qual foi sua impressão?
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